Continuando a sequência de post que deveriam ter sido feitos há muito tempo, aqui vai um sobre a trip que fiz com Miguel pra Tejuçuoca, pra conhecer os calcários do Ceará!
Em Fortaleza encontramos o Damito e seguimos pra Tejú, foram cerca de três horas de carro até chegar no alojamento próximo à pedra. O local possui algumas grutas e é também um sítio arqueológico, e a prefeitura local fez um pequeno museu, que possui um alojamento pra receber visitas escolares, e lá, fomos muito bem recebidos! De noite chegaram Mário e André, e começou o primeiro churraso da trip!
Mas além de comer carne, também escalamos muito! Tejú é fantásctico, provavelmente será a sede do próximo EENe que tiver no Ceará.
Caminhada básica….. – Foto: Miguel Alejandro
Começamos no setor da Anti-horário, onde tem vias boas pra aclimatar com a pedra, mas mesmo assim, são exigentes. O tempo era curto e não deu pra escalar muito, mas entramos na via que dá nome ao setor, na “Nas Carreiras” e na “André Braga”, uma das clássicas do local. Depois entrei na Blood Line, uma saída alternativa à André Braga, mais direta, e com um lance de monodedo obrigatório, linda via!
Primeiro contato, setor da Anti-Horário – Foto: Miguel Alejandro
Fomo conhecer o setor chamado de “Buraco do David”, um salão escondido com várias vias interessantes, acho que entramos em todas, destaque pra Animais (7c, não entre sem camisa nessa via), Godbye Blue Friend (VIsup), e Another Friend in the Wall (VIsup).
Eu na Animais (7c) – Foto: Miguel Alejandro
Eu na Another Friend in the Wall (VIsup) – Foto: Ricardo Damito
No setor dos tetos existem algumas vias bem bonitas, negativas de agarras macias, e alguns verticais técnicos, de abaolados lisebas, que também são boas. Entramos na cachorro do Vizinho (7a), na clássica Favos de Mel (8a/b) e equipamos um 8a ao lado dela, chamado Vói-lá, ou em português: avoa lá! hahaha. Essa via nova começa com um pulo bizonho saindo em pé, meio torto, de uma chorreira, sem mãos pra uma agarra gigante, meio pro lado, é muito divertido!
Mário e André concluíram uma conquista antiga e eu corri lá pra provar, a cadena saiu à vista, com muito suor! Via mista, com entalamentos de mão, de joelho, de corpo, agarras, negativo, sinistra! 7c talvez, “Fera Neném”.
Miguel na Cachorro do Vizinho (7a) – Foto: Cauí Vieira
Eu equipando a Vói-lá (8a/b) – Foto: Miguel Alejandro
Fomos no setor do Arco de Deus, não deu tempo de entrar nas vias pois acabamos dedicando o tempo pra abrir novas vias numa parede bem negativa no local, com duas chorreiras incríveis!
Abrimos duas vias: Calangotango (8a), começa em uma chorreira técnica, segue em boas agarras e termina com um crux de abaolado bem negativo! A outra via ainda é projeto, se chama Tejussauro Rex, não deu tempo de experimentar.
Chorreira onde nasceu a Calangotango (8a) – Foto: Miguel Alejandro
Mário na Calangotango (8a) e eu equipando a Tejussauro Rex (Projeto) – Foto: Miguel Alejandro
Ricardo Damito Calangotango (8a) – Foto: Miguel Alejandro
Alojamento com chuva!
Voltamos pra Fortaleza só o bagaço, acho que foram 6 dias seguidos de escalada, e ainda faltou subir a Cabeça do Índio, observe a pedra atrás do povo na foto abaixo:
André, Cauí, Miguel Mário e Damito, valeu pela recepção!!!