No início de março eu comprei no susto as passagens pro Rio de Janeiro, em abril o Zé Roberto (Bsb) comprou suas passagens e fechamos a parceria e decidimos ir conhecer as famosas montanhas de Salinas, os Três Picos e o Capacete, em Nova Friburgo, com vias de até 700m!

Três Picos e Capacete

Algumas vias nos foram indicadas como a Face Leste do Pico Maior (700m), a Sol Celeste no Pontão do Sol e a Sólidas Ilusões (450m), no Capacete. Dias antes de ir comprei o Guia de Escaladas da Região dos Três Picos e já fiquei viajando nas vias…

Chegamos dia 19 no Rio e fomos acolhidos pelo Lucas Jah, onde ficamos abrigados enquanto não fomos pra Salinas. No mesmo dia fomos conhecer a Barrinha, praticamente no quintal do Jah, entramos em uma das vias mais tranquilas, a Filé no Espeto (8c).

Fazendo bagunça na casa do Jah enquanto ele não chega

No dia seguinte pela manhã fomos eu, Zé e Raíssa pra Barrinha e de tarde arrumamos a mochila e começamos a peregrinação pra Salinas: ônibus pra Nova Friburgo, de lá um ônibus urbano pra rodoviária do Centro, dormida na cidade, compras de manhã e ônibus pra São Lourenço, descendo em Santa Cruz. Carona com o Maicon até o abrigo do Tartari, onde pegamos umas informações e subimos andando até o Camping dos Deuses, acompanhados do Ílson (PE) e do Fred (RJ) que estavam saindo pra trilha do Pico Menor. Quase 2h depois estávamos no camping, um lugar impressionante, quase na base do Capacete.

Raíssa, Zé e eu chegando no Vale dos Deuses

Camping Vale dos Deuses

No dia 22 às 6h30 começamos a subir a trilha pra Leste com o Fred e o Ílson. 8h começamos a escalada que é graduada em D4 5° V (A0/6sup) E3 700m. A outra dupla foi na frente, sendo que o Fred já conhecia a via, o que nos poupou o tempo e o perrengue de ficar procurando os grampos e o traçado correto da via. A escalada foi relativamente tranquila, seguimos a estratégia de escalar à francesa até o Platô do L, na oitava enfiada, parando somente uma vez pra trocarmos as costuras e a ponta da corda. Eu guiei a primeira chaminé e o Zé a enfiada seguinte, uma das mais delicadas da via, continuamos à francesa até a base da segunda chaminé, mais longa e cansativa que a primeira. Esperamos na P12 um trio de escaladores que passaram voando por nós, fazendo a via inteira a francesa, era o Neto, Daniel e Bernardo, do Rio…Passamos o prmeiro artificial e tocamos a francesa até o cume, onde chegamos às 15h. Passamos mais de 1h lá em cima, curtindo o visual no meio das nuvens e descemos pela “Cidade dos Ventos”, também não tivemos que procurar a via de descida pois o Fred facilitou nossa vida novamente mostrando o caminho pro chão!

Saindo pra escalada da via Leste no Pico Maior

Primeira Chaminé da Leste

Descansando na 12ª parada

Cauí/Fred/Ílson/Zé, cume do Pico Maior (2350m de altitude e 700m de climb)

Rapel pela “Cidade dos Ventos

No dia seguinte acordamos quebrados, mas foi só olhar pras montanhas e tomar um café que estávamos na pilha novamente! Sólidas Ilusões D3 5° V (A0/6sup) E3 450m. Jah, Raíssa e Arthur (Friburgo) formaram a primeira cordade e eu e o Zé a segunda. A via realmente é incrível, como todos disseram. Começo técnico, um lindo diedro em móvel, veios de cristal, vertical com agarrões, móvel, mais agarras e mais diedro! Tem de tudo na via, muito boa mesmo! Fomos revezando as guiadas e fizemos alguns trechos à francesa também. O visual do cume impressiona, da pra ver o Pico Maior ao lado, gigante!

Eu, Raíssa e Arthur na base da Sólidas

Chegando na P-10

Raíssa, Cauí, Jah e Zé, faltou o Arthur no cume do Capacete

Pico Maior visto do cume do Capacete

Domingo, final de feriado foi o dia escolhido pra voltar pro Rio de Janeiro, já da pra imaginar né…

Descemos a trilha em cerca de 2h, pegamos o ônibus pra Nova Friburgo, não tinha nenhum ônibus pro Rio, então ficamos lá plantados até que abriu um ônibus extra, enfim, chegamos de noite no Rio, 200km em 1 dia, mas valeu a pena!! hehehehe

Indo embora…

Na segunda-feira meu vôo pra Recife era só as 22h, ou seja, dava tempo de dar uma escaladinha ainda…A preguiça era grande mas conseeguimos nos arrastar até a Barrinha, onde provamos a via Filé com Certeza (9a), a cadena fica pra próxima, mas foi ótimo sentir os braços tijolados novamente depois de uma lesão no dedo!

Valeu Zé, Raíssa e Jah pela companhia e pela trip incrível! Ílson, Fred e galera de Friburgo, gente finíssimas! Salinas é um lugar pra voltar, várias vezes ainda!!

Sem comentários

  1. Show, Cauí! Salinas é sonho mesmo… Parabéns pela trip! Abração

  2. Irado d+! Parabens man!
    Soh em pensar que quase eu ia, me dar um frio na barriga! rssrsrsr
    Bons Ventos

  3. Show Caui, a viagem foi demais…gostaria de ter ido nesta tb…

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